12 julho 2006

Nevoeiro











Dia desses, ao chegar ao centro, me deparei com um intenso nevoeiro cobrindo a cidade. Do alto do prédio onde trabalho eu não podia ver a ponte Rio-Niterói e mal enxergava o convento de Santo Antônio, que fica a cerca de 300 metros de distância.

Me lembrei da minha infância quando acordava cedo para comprar pão e leite.
Todos os dias eu comprava 4 bisnagas e 4 litros de leite. Bisnaga era um pão grande, que dividíamos ao meio e cada um de nós comia uma metade. O leite vinha em pesadas garrafas de vidro -dificultando a volta da padaria, e eram da marca Vigor, que meu pai preferia, não sei por que, à marca CCPL.

Nesses dias de inverno ao sair de casa a neblina era intensa e muito próxima, era possível enxergá-la a 1 metro de distância e ficar no meio dela. Às vezes eu me confundia e achava que não iríamos ter sol, de tão forte que era a neblina.

Eram cenas inesquecíveis, o gramado de casa bastante molhado, devido ao orvalho noturno, o frio que fazia o queixo tremer e a neblina se movendo rapidamente para dar lugar ao sol.


Saudades saudáveis.


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